quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Papo de Analista... de Sistemas.

Existem certas horas de distração, quando paramos de escutar a todos e ficamos
olhando fixamente em um único lugar as vezes até mesmo sem piscar.
Esses momentos são os mais presentes da minha vida, muitas horas eu me pego pensando em algo, algo que possa ser uma ideia muito boa, que até mesmo cheguei a sonhar com ela acordado,
ou
possa ser um grande problema, aquela divida que está para vencer e até agora o dinheiro não caiu para te salvar.

Esses instantes de pensamento e concentração intenso se perdem com o passar dos anos, a medida em que ficamos velhos isso vai se perdendo, ou acredito que existem certas idades para isso acontecer.
Quando eu era criança isso acontecia praticamente todos os dias, por isso era classificado como inteligente e criativo.

Anos mais tarde isso começou a acontecer com menor frequência e apenas conseguia me concentrar assim em coisas muito importantes, dai fui classificado como "MAIS MADURO" ou "Esse garoto já está ficando homem".

Bom, nos dias de hoje, eu costume me concentrar assim apenas para raciocínios de Trabalho, Profissionais ou de faculdade, desde então estou sendo classificado como "Profissional", "Estudante\ Acadêmico".

- Mas Profissional de muito bom ou de Boa Postura? (Disse o Narrador)

- Ambos, metade metade,

- conforme isso acontece vai crescendo ou vai se mantendo equilibrado? (Enfatizou o Narrador)

- Eu ainda não sei (Respondeu Kevin ainda com dúvida)

Apesar da incerteza, Kavin se mostrou confiante com o dia de amanhã
Planejamento é uma das virtudes que ele segue Lealmente, porem existem certas horas que ele empolga e deixa um pouco a desejar, mas arrependido volta ao normal rapidamente, como um soldado que deixou a fila por alguns instantes e depois voltou para sua formação.

Olhando agora não para um ponto fixo, mas sim para dentro de si mesmo, olhe para o coração:

Como ficou o coração na ultima relação?

- Isso é muito intimo, vamos pegar mais leve (Respondeu Kevin)

- Como está seu o coração? (Perguntou o narrador)

- Vai indo, estava meio manco mas agora está ficando bem. (Kevin respondeu rindo)

E o que você espera para 2013? (Perguntou sério o narrador)

Kevin aguardou alguns minutos olhando fixadamente para um ponto no carpete da sala e segurança a cabeça com a mão e batendo o dedo no rosto disse:

- Não espero nada, eu faço acontecer, quando eu quero eu vou atras. Então não espero nada, eu vou fazer acontecer apenas isso. eu só tenho a esperança de fazer acontecer, é, é isso que eu espero.

- Como você se sente agora? (Narrador)

- Acho que por hoje é só, estou com sono. (Respondeu bocejando Kevin)

Enquanto descia as escadas, Kevin vinha pensando em como tocar a vida, já concentrado no seu dia-a-dia, enquanto ele continuava andando ele já estava na rua, montou em sua moto e deu a partida, estava voltando normalmente para casa como fazia todos os dias, e quando estava parado no sinal, se sentiu sozinho novamente.
A rua vazia, poucos carros parados para uma rua tão grande e movimentada.
O centro de terça feira se parecia mais com um sábado atarde.

Era o final do ano se aproximando, todos já compraram o que tinham para gastar no inicio do mês e agora estava ansiosos para dar os presentes e se fartar na ceia.

Kevin chegou em casa também sonhando com isso. Tomou um banho e foi se deitar.

Enquanto rolava pela cama se dava conta que o dia amanhecia e já se preparava para acordar,

- Só mais 10 minutinhos (Pensou, ainda sem ter dormido bem)

Levantou-se e se sentou na cama, sentindo dores nas costas se espreguiçou com cuidado.
Olhou mais uma vez para o relógio do celular, o desbloqueou e abriu o media player, e marcou a seleção que sempre escutava pela manhã.
Já com a adrenalina a mil escutando sua seleção da manhã, que nada mais era que One Love, do Bob Marley.
Kevin entrou para o banheiro, alguns minuto depois voltou renovado, se vestiu basicamente como todos os outros dias.
Mau colocou a roupa e já foi logo saindo de casa, ainda abotoando os botões da camisa, Óculos escuros, Fone de ouvido e quase dançando, se perguntando porque estava nessa situação e aonde se queria chegar, as pessoas que passaram pela vida e o que elas me ensinaram, com a derrota e com a vitória.
Ao entrar no elevador ele parou de pensar e passou a agir, mais um dia de trabalho se foi. Como todos os dias.

A verdade é que com a monotonia do dia-a-dia eu vi um ano se passar e não agi como eu queria fazer...

- Agora que você já sabe disso, o que você vai fazer? (Perguntou o Narrador com um ar de vitória)

- Vou pensar cara. (Respondeu Kevin, olhando fixamente para o carpete da sala do Analista)


(Luis Marques) 05-12-20012

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