quinta-feira, 2 de setembro de 2010

As duas faces da vida.

Quando eu estava na 5ª série, conheci uma garota, o nome dela é Maria (Nome Fictício),
Era uma garota branca, de olhos escuros, usava óculos e tinha sérios problemas de vista,
mas mesmo assim, não deixava de ser charmosa. Sempre foi boa aluna e amiga de todos, cheia de ideias criativas e muitas outras qualidades.

Não vou escrever sobre as qualidades dela, mas sim, sobre o que aconteceu com ela.
Lembro que ela era muito empolga com rock, não era roqueira metaleira mas gostava de um sonzinho de guitarra.
Sabe inglês(ou sabia), tirava sempre notas altas e sonhava alem do que via.
Mora em uma casa pobre em um bairro antigo da cidade,
parte de sua vizinhança não foi renovada com o tempo, proveniente disso, tem casa antigas por todo quarteirão, as pessoas de sua idade que ali moram,
são netos da vizinhança, sempre foram sk8 e roqueiros (você já ta imaginando aonde a historia vai parar né?)

Então, com o passar do tempo, teve que começar a trabalhar para ajudar sua família de pouca renda, sua mãe é solteira, sua irmã mais velha também, assim, sentiu-se com essa obrigação em ajudar.
Com o passar do tempo, ela terminou o ensino médio e viu que a realidade chegava ate ali, e que logo apos isso, seria difícil, uma garota pobre e que tem uma casa para ajudar a sustentar, sair para a universidade e mercado de trabalho. (Nem é difícil, mas ela não encontrou os caminhos necessários)

Com os seus 18 anos, ela era muito linda e estilosa, do rock passou para o reggae e sempre chamou a atenção por onde passava.
Começou a usar drogas(maconha), e de sua longa viagem viveu momentos intensos de muita praia e sol. Frequentava as duchas todos os dias,
tem (ou tinha) uma bicicleta azul, e vivia pedalando por ai, "escutando um som e viajando na maionese".

Hoje, eu a ví na rua, ta linda como antes, a única diferença é que ela empurrava um carrinho de bebê, e ali dentro, se encontrava todo a intensidade de seu amor.

Bom, para concluir, EU ACHO, que não importa o tempo que você viva, mas sim a intensidade que se vive a vida.
Ela não estava empurrando um carrinho com seu bebê, e sim estava empurrando todo o amor que ela pode conquistar na vida ate hoje, toda a paz que ela conquistou andando com seu filho naquela tarde, e toda lembrança que conseguir recordar, dos simples momentos bons, de quando a vida era simples e descomplicada.

Ela escolheu o lado da vida que quis, espero que ela esteja feliz...

(Luis Marques) 02-09-2010

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